Definir as áreas de uso direto e indireto das comunidades no entorno do Rio Mamuru foi o objetivo da expedição realizada por técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), em parceria com as prefeituras de Aveiro e Juruti, além de representantes de movimentos sociais.
As informações compõem os requisitos do processo de outorga florestal e que consta no Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) 2008/2009, ou seja, é uma das etapas do processo de ordenamento territorial e ambiental que está sendo realizado na região oeste do Pará.
Foram mapeados 217 mil hectares para serem usados pelas comunidades do entorno do rio Mamuru. A área será usada para manejo florestal comunitário, pecuária, moradia, agricultura, acordos de pesca e outros, conforme o Plano de Uso do Território a ser elaborado.
"A demarcação foi feita com a participação da comunidade, que está acompanhando todo o processo de ordenamento territorial", informou Daniel Francez, gerente de outorga do Ideflor. Na expedição foram desenvolvidas três atividades para a definição do território e caracterização das comunidades.
"No mapeamento participativo, os técnicos usam mapas para que as comunidades apontem neles as áreas onde mantém suas atividades. Em seguida, os técnicos foram à campo para validar as informações por meio do georeferenciamento. Além disso, também fizemos entrevistas com os moradores mais antigos e experientes para a caracterização do perfil das comunidades", contou Francez.
Ao todo foram realizadas nove reuniões, com representantes das 19 comunidades existentes na região. A equipe da expedição foi composta por 16 técnicos do Ideflor, prefeitura de Juruti, Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Planalto Mamuru e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juruti. O trabalho de campo foi realizado no mês de julho.
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